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19 de set. de 2010

10 ANOS DE MANGÁ NO BRASIL Part. 2

em 2001

Chegamos em 2001, ano em que Silvio Santos foi sequestrado em sua própria casa e que houve um atentaddo terrorista ao World Trade Center. Nas nossas TVs tínhamos Sakura Card Captors animando nossas manhãs em Bambuluá, que era a TV Globinho da época, além da emissora ter pegado Dragon Ball Z da Band.
A Conrad aproveitava e colhia os louros do sucesso dos mangás de Cavaleiros do Zodíaco e Dragon Ball. Para quem arriscava que os mangás durariam pouco, os gráficos de vendas davam um tapa na cara dos pessimistas.
Eis que surge uma novidade interessante: a Editora JBC, que lançava a revista Henshin, anunciou de vez quatro mangás nas bancas. Diferentes da Conrad, eles decidiram lançar ainda mais próximo do formato japonês, com o mesmo tamanho e papel jornal. Os títulos eram Samurai X - Rurouni Kenshin, Sakura Card Captors, Guerreiras Mágicas de Rayearth e o então desconhecido Video Girl Ai. Tirando Guerreiras Mágicas, que tinha um formato maior, todos os mangás sairam custando R$ 2,90 cada.
Ao contrário de atualmente, colocar quatro mangás ao mesmo tempo nas bancas foi uma estratégia interessante na época, principalmente por falta de opção. Pode-se dizer que a JBC foi a primeira a investir nos shoujo (como os mangás do grupo CLAMP) e em mangás desconhecidos (como Video Girl Ai).
Como mangá estava vendendo mais que bandana de Naruto em evento de animê, logo outras editoras foram atrás de mangás para publicação... nem sempre de maneiras legais e lícitas. A Mythos lançou o "Superalmanaque Mangá", um meio tankohon que vinha com um capítulo de três séries diferentes, entre elas a famosinha Bakuretsu Hunter. Precisa falar que os direitos do mangá eram meio pirataria? Outra que arriscou foi a Escala, que lançou Ozanari Dungeon - Jovens Guerreiros. Depois de quatro volumes, o mangá de tradução pavorosa misteriosamente desapareceu das bancas.
Mas o grande sucesso do ano foi o lançamento de Dragon Ball Z, que seria simultâneo ao de Dragon Ball. A primeira edição da saga mais famosa de Goku vendeu mais de 100 mil cópias.

...CURIOSIDADES...
* Uma revolução interessante que
a JBC fez foi a padronização do uso
das capas dos mangás. Como nossos
volumes tinham metade do tamanho
do original, foi-se convencionado
que as capas ímpares trariam as
capas originais japonesas, e as pares 
outras ilustrações.
* A Conrad decidiu mudar o papel
das capas para um que brilhasse
e exaltasse ainda mais as cores
psicodélicas que eles colocavam
de fundo.
* A JBC lançou mangás baratos, mas
a primeira edição deles, principalmente
de Sakura Card Captors e
Samurai X, tinham uma qualidade
terrível de impressão, com tinta
que saía que era uma beleza. 
* Jovens Guerreiras foi escolhido
porque teve seu OVA lançado obscu-
ramente no Brasil em VHS.
* Pré-censura: a Conrad, na edição de
número 18 de Dragon Ball, inseriu
o texto "BOING BOING" sobre os
mamilos da Bulma em uma cena do
mangá. Segundo a editora, foi para
evitar reclamações posteriores.   

  

Um comentário:

  1. ADOREI!!!! Estou colhendo material para fazer uma postagem sobre Ai-Chan e achei seu blog, amei, virei seguidora!!!

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